quinta-feira, outubro 06, 2011

Ele sabe mais do que você pensa!

Puxa, ando tão sumido desse espaço que gosto tanto... mas volto logo, logo, com novidades boas e ruins.


Bem, não estou fazendo complô contra o facefuck facebook, mas essa é de doer:


Ele sabe mais do que você pensa

Por Tatiana de Mello Dias
Facebook sabe o que você faz na rede mesmo após o logout. É possível pedir dados recolhidos sobre você e bloquear a espionagem
Nada fica para trás. Os relatórios têm centenas de páginas com informações. Os PDFs mostram todo o histórico de notificações, amigos desfeitos e acessos à rede
Que o Facebook é fofoqueiro todo mundo sabe. Basta passar um tempo na rede social para perceber que todos sabem o que todo mundo faz – e essa é, afinal, um dos motivos da graça de estar ali. Ao entrar no Facebook, as pessoas sabem que estão deixando a sua privacidade de lado – o problema é que isso pode estar indo muito além do esperado. Você realmente sabe o que o Facebook sabe sobre você?
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• Siga o ‘Link’ no Twitter e no Facebook
Um hacker australiano chamado Nik Cubrilovic descobriu que o Facebook rastreia usuários mesmo após o logout. Um dos segredos do sucesso da rede social é sua ligação com outros sites. Desde que os botões Curtir e Compartilhar foram espalhados pela web e outros sites começaram a conectar-se à rede social pelo Facebook Connect, a web aos poucos foi sendo levada para dentro da rede social. Você curte uma notícia, aquilo vai para o seu perfil, e todos ficam sabendo daquela sua interação.
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• Siga o ‘Link’ no Twitter e no Facebook
Essa ligação fez o Facebook se espalhar pela internet, e vice-versa. E, para os usuários, é interessante saber qual dos seus amigos curtiu determinada notícia. Só que apenas uma pequena parcela dos usuários sabem que, por causa dessa ligação, o Facebook tem acesso a todos os seus passos online: o navegador envia constantemente informações dos usuários para o Facebook através de cookies, arquivos que armazenam dados de navegação que permitem a ligação com outros sites. Isso já acontece quando o usuário está logado na rede e, agora, descobriram que o Facebook também pode seguir sua navegação mesmo após o logout.
Segundo Cubrilovic, o Facebook não apagava os cookies de rastreamento após a saída do usuário da rede. Ao se deslogar da rede, os cookies continuam mandando requisições aos servidores do Facebook.
“Mesmo se você se deslogar, o Facebook continua sabendo e pode rastrear todas as páginas que você visita”, escreveu Cubrilovic em seu blog. “O Facebook está apenas alterando o estado dos cookies, em vez de removê-los quando o usuário se desloga. Se eu visitar qualquer página com o botão de curtir ou qualquer outro widget, a informação, como o ID da minha conta, continua sendo enviado para o Facebook.”
O Facebook consegue saber todos os usuários que se logaram em determinada máquina ou browser. “O Facebook argumenta que os cookies que eles preservam poderiam impedir que spammers e usuários menores de idade criem contas. Porém, os usuários maliciosos poderiam facilmente limpar seus cookies, enquanto o Facebook expõe o resto de seus usuários ao rastreamento indesejado”, diz Brian Kennish, o desenvolvedor responsável pela extensão Facebook Disconnect, que promete eliminar os rastros de navegação da rede de Mark Zuckerberg.
Um funcionário do Facebook respondeu a Cubrilovic, por meio dos comentários do blog, dizendo que a rede “não tinha interesse em monitorar as pessoas”. A resposta oficial chegou dias depois: o Facebook diz usar cookies para plugins sociais para personalizar conteúdo ou para segurança. E o rastreamento indevido após o logout foi causado por uma falha em três cookies, que foi resolvida.
O engenheiro do Facebook Gregg Stefancik diz que “como todos os sites na internet que personalizam o conteúdo e tentam proporcionar uma experiência segura, o Facebook coloca cookies no computador do usuário”. “No entanto”, explica, “o Facebook não armazena esses identificadores com os usuários desconectados e não usa as informações para rastreamento ou qualquer outra finalidade”.
“O argumento do Facebook é fraco”, diz Brian Kennish, que além do Facebook Disconnect criou um série de plugins para bloquear o rastreamento. “Estudos mostram que, quando as pessoas entendem exatamente o rastreamento online, a maioria (cerca de 80%) não quer ser rastreada. Eu acho que as pessoas estão aos poucos pedindo mais controle de seus dados”, diz Kennish.
Para ele, a recomendação para proteger-se é que o usuário compartilhe apenas os dados que deseja que sejam públicos, e use ferramentas que ajudam a preservar sua privacidade – como as inventadas por ele. “O Facebook Disconnect previne que os plugins sociais do Facebook apareçam em sites e mandem a informação sobre o que você está lendo, assistindo ou ouvindo de volta para o Facebook”, explica Kennish.
O desenvolvedor tem um perfil no Facebook, mas não confia nos mecanismos de privacidade da rede social. Em vez disso, ele só posta informações que podem se tornar públicas. Não se esqueça: Facebook não esquece nada, nem a sua navegação e nem mesmo as cutucadas que você um dia levou.
1.000 páginas
A organização Europe versus Facebook (leia entrevista) defende que os usuários tenham acesso aos dados armazenados. Ela foi formada por três europeus estudantes de direito que, depois de estudar nos EUA, se assustaram com a maneira como os dados pessoais são usados pelas empresas por lá. Eles descobriram que o Facebook armazena mais de 50 dados, família, mensagens apagadas, amigos desfeitos e cutucadas. A sede internacional do Facebook fica na Irlanda. Por isso, é regulada pela lei europeia sobre proteção de dados. Ela prevê que o Facebook entregue em no máximo 40 dias um CD com os dados pessoais que coleta. Vários usuários já fizeram o pedido. Os dados estão no site da entidade e os PDFs dos arquivos chegam a mais de mil páginas.

quarta-feira, setembro 14, 2011

Posso ser seu amigo? - Can I be Your friend?

Esse é um daqueles posts que pretendo ler no futuro e dar muitas risadas.

Eu sempre fui muito ligado a vida virtual; houve um período que eu fazia parte de não menos que 12 diferentes grupos de relacionamento.

Orgulhava-me de ter dois perfis lotados no orkut e um terceiro aberto, com um número signifativo de pessoas. "Nossa, como tenho amigos... que massa" - pensava.

Até que um dia, decidi por fim ao meu perfil no orkut e para minha surpresa, não doeu nada.

Hoje, depois de curtir meu ócio produtivo e ficar à toa buscar inspiração no facefuck facebook, tomei uma decisão radical: vou cancelar essa parada. 

É que me dei conta de que, quanto mais tempo eu dedicava à minha vida virtual, menos me interessava pela leitura de um bom livro. Ainda mais eu, que era um voraz leitor. Ganhei meu primeiro livro em francês de um amigo, coloquei na mesa, folheei algumas páginas, mas meu tempo acabava consumido pela rede de relacionamentos. Quando me dava conta, estava na hora de ir pra cama.

Manifestei no FB que dentro de alguns dias, cancelaria a conta, porque estava de saco cheio... A partir daí, recebi todo o tipo de manifestação... algumas curiosas, outras imbecís, mas uma amiga me enviou um vídeo que me fez antecipar os 10 dias para 10 horas e assim o fiz: CAN-CE-LEI. E não doeu nada... hahahahha. Teve quem questionou: mas, e a família, os amigos? Ué, essa é uma das razões da existência do blog, do skype, do msn, do email, do telefone. Espero não voltar atrás, mas, se assim for, que seja... e se me encher novamente, cancelo novamente e a vida continua... rs.

Bem, voltando à vaca fria, esse video tem um tema interessante: Você já pensou no quão estranha é a sua vida online? 

Bem, como acabei de dizer, esse vídeo foi o pingo que faltava, para corroborar minha decisão e compartilho aqui, pra quem quiser assistir e refletir.


Abraços,

Drinho.

Viver no Canadá - Qual a experiência de diferentes imigrantes?


Hoje o formando em jornalismo Thiago Mattos me entrevistou. Essa entrevista faz parte do seu trabalho de conclusão de curso e as reportagens trazem uma  análise sobre a vida dos imigrantes brasileiros no Canadá.

No link abaixo, você vai encontrar várias experiências relatadas pelo Thiago em suas entrevistas, com excelentes textos, muito bem escritos.


Quem quiser ajudá-lo nesse trabalho também relatando sua experiência que é de muita ajuda para os que estão vindo, entrem em contato com ele através do blog (link acima).

Até daqui a pouco,

Drinho.

quinta-feira, agosto 25, 2011

35º aniversário

Hoje faço aniversário! Estou todo reflexivo, fazendo um balanço dos últimos 10 anos.


É engraçado olhar para trás e ver quantas coisas mudaram em tão pouco tempo... 


Nesse tempo, fui advogado (pensem no nego mala almofadinha), vendedor, consultor financeiro, líder de grupo de jovens, líder de música, cantor, apresentador (tinha um programa numa fm de SP), líder de coral da igreja, militante político, palestrante, saltei de paraquedas, fiz a minha primeira viagem internacional, rodei o Brasil a trabalho, trabalhei em inúmeras empresas, casei, aprendi francês, aprendi inglês, emigrei do Brasil para o Canadá... muitas coisas, muitas experiências, inúmeras frustações, inumeros sucessos...


E neste momento, 2 dias depois de completar 1 ano de Canadá, estou longe de todo o status e busca de aceitação que eu vivia no Brasil, tentando me superar em tudo o que eu me propunha a fazer. Estou no meio do caminho dos 40 anos... o black power está virando uma lustrosa careca, a barba tá grandona (vira e mexe a turma no Brasil pergunta se estou em depressão... hahaha).


Tô é numa nice! Muito feliz por ter concretizado um sonho frustrado aos 16 anos (à época, ganhei uma bolsa para fazer high school nos EUA, mas mamãe não deixou não deu certo. O sonho permaneceu vivo e hoje estou aqui no Canadá!


Feliz por ter abandonado aquela necessidade de TER, e ter agarrado a oportunidade de SER.  


Hoje, meio-careca, barbudo, "barriga d'água" começando a aparecer, mas muito feliz. É claro que um leve sentimento de saudade tenta "escorrer pelos olhos", por conta das pessoas queridas que ficaram no Brasil, mas que sucumbe diante  das possibilidades que vejo diante dos meus olhos.


Pra mim, é uma data de rever erros e acertos, sonhar novos sonhos e acima de tudo, VIVER. 


Sonhar é o que mantém viva a chama da minha esperança; Amar é o que me faz tentar até esgotar todas as possibilidades; Perdoar é o desáfio de aceitar as diferenças. 


Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás, vivendo o presente e avançando para o futuro, pois este pertence aqueles que acreditam na beleza de seus sonhos (minha frase predileta).


Sou um otimista por natureza. Sensível com pose de durão (ui ui ui). Recuso-me a aceitar a derrota. No final das contas, tudo dá certo. Se algumas coisas ainda não deram certo, é porque não chegamos no final.


É isso ae negraum, parabéns pra mim!!! (kkk... eita neguim comédia).

Comentar os artigos

Olá pessoal,


Algumas pessoas nos enviaram emails, dizendo que estavam com dificuldade de comentar nossos post's


Eu dei uma fuçada nas configurações e agora acho que está ok! 


Então, estejam a vontade para comentar... É sempre muito bom receber um feedback da galera que acompanha a nossa saga.


E amanhã tem mais comemorações!!!

terça-feira, agosto 23, 2011

1º ano - Bens de consumo

É até covardia querer fazer comparações. Limito-me a dizer que o povo brasileiro é roubado na cara dura; carga tributária altíssima faz com que o acesso a bens de consumo seja limitado a uma parcela muitissimo pequena.


Exemplo: Toyota RAV4 zero km, com kit sport, aqui no Canadá custa aproximadamente R$ 47.000,00 (taxa de R$ 1.57 - Brasil Remitance). O mesmo modelo, com os mesmos opcionais, no Brasil não custa menos de R$ 106.000.00. Ou seja, 2,5 vezes mais caro.


Um modelo de televisor da Panasonic 3D, 50 po, aqui custa cerca de R$ 2.300.00. O mesmo modelo no Brasil custa R$ 7.399.00 (fonte:www.submarino.com.br).


Ipad: aqui custa no máximo R$ 863.00 e o mesmo modelo no Brasil custa mais de R$ 2.000.00.


A lista é longa, mas é o suficiente pra me convencer de que é muito melhor ser POBRE aqui no Canadá do que ser CLASSE MÉDIA no Brasil.


Se quiserem saborear os preços de bens e consumo aqui, visitem os sites www.futureshop.ca e www.bestbuy.ca.

1º ano - Carreira

Parafraseando a Pati, continuo dando meus pitacos sobre alguns assuntos, nestes post's comemorativos de aniversário.


Não sou a maior autoridade no assunto "carreira", porque, depois de 1 ano, tive apenas 2 experiências profissionais.


A primeira, como já dito, foi num trabalho chamado pelos brasileiros de "survival job" (ô expressãozinha tosta - trabalho é trabalho, caramba!) e durou menos de 30 dias, pois em seguida iniciei minha atual atividade.


Como eu gosto de dizer, sou dono do meu próprio nariz, pois tenho uma empresa  individual (ou melhor, sou autônomo e pronto).


Existem vantagens e desvantagens em optar por trabalhar por conta própria. Eu, pessoalmente, vejo muito mais vantagens (desde que se planeje a longo prazo, sobretudo no que diz respeito à desenvolver outras formas de garantir a aposentadoria). 


Algumas vantages: do faturamento bruto, é possível abater até 40% em despesas. Significa dizer que a faixa de imposto de renda devido, tende a diminuir substancialmente. 


Apenas para fazer uma comparação, um funcionário que ganha em torno de 100 mil/ano, paga aproximadamente 33 mil dólares. Um empresário autonomo que fatura a mesma quantia anualmente, paga menos do que o dobro do valor acima (ainda não é meu caso, só pra deixar claro - hehehe).


Além do que, o conceito de despesa é bastante amplo e incluiu uma porcentagem do mortgage ou aluguel, combustível, alimentação, mobiliário, celular, energia... isto é, tudo o que é gasto e tem relação com a atividade empresária (mesmo que de alguma forma). Existem diversos organismos que incentivam a atividade empresária, excelentes projetos de incubadora e dentre as coisas que me chamam a atenção, dou destaque especial à burocracia para abertura da empresa: no meu caso, demorou 15 minutos e saí da agência de revenu com cnpj e nº de contribuinte.


Outro aspecto que destaco é que as condições sócio-economicas atuais propiciam um "sonhar-possível". Quero dizer que, se a pessoa tem um projeto e acredita nele, é muito mais paupável torná-lo realidade no Canadá do que no Brasil, onde, ao menos no meu caso, sonhar era quase um devaneio.


Dentre as desvantagens, destaco os riscos que um empresário está exposto diariamente, seja em decorrência da oferta e demanda, seja em decorrência dos fatores econômicos; quando se está começando, não tem muita opção de não trabalhar muito e ironicamente, quanto mais a empresa cresce, mais demanda trabalho. 


Mas encorajo quem tem algum projeto engavetado, que arrisque-se por aqui. Tudo é possível. É uma terra que mana leite e mel.

1º ano - Saúde

Em comemoração ao meu primeiro ano de Canadá, arrisco-me, com base nas minhas experiências, a dar alguns pitacos sobre alguns assuntos. 


A cerca de 3 meses, a Vanessa teve uma crise de enxaqueca e precisar correr ao hospital no meio da noite. Optamos pelo The Ottawa Hospital, que fica a cerca de 5,6 km de casa. Não havia muitos pacientes, mas tendo apenas 1 médico de plantão, essa espera poderia durar a noite inteira. 


Ocorreu que a Vanessa foi medicada preliminarmente por uma enfermeira e depois de 2 horas de espera, sentiu-se melhor e fomos embora. Alguns amigos confidenciaram que, caso tivessemos optados pelo hospital de Gatineau, mesmo esse atendimento preliminar poderia ter demorado bem mais.


Bem, não foi uma experiência positiva (porque detesto ter que esperar muito), do ponto de vista da espera. Mas as intalações do hospital público (diga-se de passagem) são de fazer inveja a qualquer hospital de 1ª linha de São Paulo.


A cerca de 2 semanas, visitei um cliente que mora num vilarejo turístico, localizado na região serrana de Outaouais. Este cliente é médico e trabalha no hospital da cidadela. Lembro-me de ter abordado assuntos diversos e entre eles, a questão da saúde no Quebec. 


Ele foi categórico afirmou que habitualmente, a fila de espera neste hospital é inferior a 30 minutos e atribuiu ao fato de ser uma cidade com uma população bem pequena, embora o hospital tenha a mesma estrutura dos hospitais de Ottawa e Gatineau.


Excelente notícia, porque fica a 45 km de casa e em 20 minutos é possível estar lá (a partir de casa). Espero não ter que ir ao hospital tão cedo, mas, em sendo necessário, certamente iremos a Wakefield. 

Canadá - 1º ano nas terras do norte

Hoje eu completo meu 1º ano em solo canadense. Assim para comemorar essa tão especial e tão importante pra mim, pretendo, nas linhas seguintes, fazer uma retrospectiva destes primeiros 365 dias.


2010
Agosto: Lembro-me de que na minha despedida da famíla no aeroporto de Guarulhos, eu segurei a onda até o último minuto. Minha irmã caçula virou e disse-me: "vamos cantar a música da banda pela última vez..." deu um nó na garganta, tive que respirar fundo pra não abrir o berreiro (quoi? moi?). 


Dia 23: Quanta euforia. A exatamente 1 ano atrás estavamos desembarcando no Toronto Pearson Airport. Aeroportozim confuso, sem sinalização, malas espalhadas para tudo quanto é canto. Acamos perdendo a nossa conexão para Montreal, mas no final acabou dando certo. E no meio da baderna, a gente ainda conseguiu encontrar a Samila, que estava estudando em Toronto e foi ao aeroporto nos dar boas vindas. Eu estava tão acelerado, que mal deixamos as malas na casa dos amigos que nos receberam e já colocamos os pés na rua, para tirar a documentação. Conseguimos tirar TODOS os documentos no mesmo dia (incluindo abertura de conta no banco); 3 dias depois, estava indo com um outro amigo, o G. (ah que saudade de Laval hein G. e E.) a uma agência de emprego. Isso foi na quarta-feira. Tinham uma vaga no centro de distribuição de uma rede de lojas de conveniência, mas era para começar imediatamente. Segunda-feira, 1 semana após nossa chegada, eu estava começando a trabalhar.


Setembro: 
Exatos 32 dias depois, estavamos de mudança para Gatineau. Surgira uma oportunidade para ocupar o "trabalho dos meus sonhos", que eu idealizara ainda estando no Brasil. Explico: um amigo, o S.M., já mora por aqui a 4,5 anos e atua como contractor, ou seja, é prestador de serviços autonomo. Sempre conversamos muito sobre essa atividade, os ganhos financeiros, a liberdade e mobilidade proporcionada. "Puxa cara - dizia eu para mim mesmo - é isso que quero fazer quando chegar no Canadá". Deus abrira as portas de maneira escancarada. 


Outubro:
Depois de "morar" 32 dias na casa dos amigos em Deux-Montagnes e 2 semanas na casa dos amigos aqui em Gatineau, conseguimos o nosso canto. Improvisado, mas aconchegante (e daí que não tinha janelas - hahaha). Compramos nosso primeiro carro. Como eu gosto da minha chalanguinha. (e pensar que o mesmo carro, no Brasil, é o olho da cara). Vanessa vai para o Brasil.


Novembro:
Meu treinamento chegara ao fim. Finalmente eu pude começar a trabalhar de fato. Uau, será que daria pé? Afinal, estava iniciando uma atividade que eu não tinha a menor habilidade e meu amigo chegou a confidenciar a sua preocupação, quanto à minha compreensão do processo.


Dezembro:
Aprendi! Foi na marra, afinal, era o trabalho que eu tanto almejava, uma oportunidade de ouro. É meu e ninguém tasca. A porta que Deus abre ninguém fecha!


Janeiro:
A nega tá na área novamente. A distância é doida, pois aproxima ainda mais as pessoas. O frio chegou pra valer. Dias de -40º (mas eu estava psicologicamente preparado para algo muito pior). 
Finalmente mudamos para nossa casa. Agora sim! Bairro legal, casa legal, vizinhos legais (até fomos convidados para uma festinha na casa da vizinha - hehehe).


Fevereiro:
Apesar do mês mais curto, sinto-me completamente adaptado ao frio. É claro que essa história de vestir uma tonelada de roupas incomoda um pouco e transforma esse ato num ritual bem engraçado... algo como, 1 ceroula, 3 calças, 3 camisetas, 1 pullover, 1 blusa de lã, 1 jaqueta térmica, 1 touca e o boné. Ah... sem esquecer das 2 luvas. Quase um astronauta... fora o peso das roupas... Assim, é claro que não dá pra passar frio não é?!


Março:
Tô mega feliz, consegui comprar uma outra chalanguinha... essa é um presente pra pretinha... uau... caranga massa! Jamais teria condições de dar um carro desses pra ela no Brasil, porque por aquelas bandas custa muito mais do que R$ 100 mil. Recebemos também nossa primeira visita. Meu primo e sua esposa (que iniciaram o processo de imigração 1 ano antes da gente) chegaram e estão hospedados em casa. Puxa, saudades dessa dupla. Muito gente boa. E eu já conhece a cidade sufifientemente bem para fazer um tour e apresentar tudo pra eles... hehehe.


Abril:
Hora de preparar a documentação para o consulado, porque no próximo mês vamos receber uma visita muito especial!!!


Maio:
As coisas estão começando a entrar na rotina. A grande novidade é que a sogrinha chegou! Imagine a felicidade da pretinha, com a mama por perto. Aproveitamos a chegada dela para conhecer Toronto (nem que seja de passagem). Foi nossa desculpa para viajar pra lá e colocar o possante pra rodar. Ao mesmo tempo, estamos muito felizes que o meus primos conseguiram alugar um apê bem pertinho de casa; massa demais o novo lar deles. 


Junho:
O verão chegou e com ele um aumento significativo de trabalho. Mas ao mesmo tempo, isso significa um aumento de $$$, hehehe. Estou virando um expert. E já posso dizer que conheço a região de Gatineau na palma da mão. (até porque, aqui nem é tão grande assim. Atualmente há cerca de 300 mil habitantes e os governantes locais estão fazendo um esforço para atrair empresas para a região. Dizem as estatísticas que são esperados mais de 50 mil habitantes para os próximos 3 anos. Pra minha atividade, isso é ótimo, porque serão mais 50 mil clientes potenciais... heheehe


Julho:
Nem tudo é flores e vivemos alguns ciclos em nossa vida. Atravessando um desses ciclos que não são tão positivos. Mas é como disse Bob Marley: Os dias ruins são necessários, para os dias bons valerem a pena.


Agosto:
1 ano se passou e eu tenho a sensação de ter progredido 6 anos. (digo isso, porque em 1 ano, sinto que tive mais progressos do que nos últimos 6 anos no Brasil. Esta semana recebi um elogio de um euro-canadense, que é fluente em 6 idiomas (incluindo o português). Fui convidado a jantar na casa de seus pais, que não falam um "a" na minha lingua e o bate papo seguiu em francês e inglês. Já havia tido uma conversa francofona com eles a cerca de 8 meses atrás e ele me disse que meu crescimento na fluência do idioma é impressionante. Me considero um analfabeto funcional, porque consigo me comunicar bem em francês e inglês, mas ainda estou longe de me dar por satisfeito. Como eu comecei a trabalhar assim que cheguei, deixei o estudo convencional do idioma em segundo plano, porém o fato de estar em contato diário com os clientes, de diferentes nacionalidades, com seus acentos linguísticos, permitiu-me esse crescimento.


Fico especialmente lisonjeado, porque é realmente um grande desafio aprender dois novos idiomas e sobretudo por sentir-me cada vez mais à vontade em desenvolver um diálogo com as pessoas daqui. Sinto-me também integrado à sociedade local, tenho procurado fazer amizade com pessoas de diferentes nacionalidades. Esse crescimento cultural é impagável.


Vez ou outra me perguntam a quantas anda a minha saudade... se eu voltaria ao Brasil... bem, o futuro a Deus pertence, mas hoje a resposta é um redondo NÃO.



Ainda quero conquistar muitas coisas, conhecer muitos lugares, desenvolver novos negócios... Mas o saldo de 1 ano é estremamente positivo. Eu escrevi a alguns post's atrás que estou fazendo uma pausa para reflexão. Essa pausa não terminou completamente; estou torcendo para que os dias bons cheguem logo, e com certeza valerão muito apena, como esses dias não tão bons estão valendo (tudo tem um porquê).


E que venham mais 2, 3, 4 anos... e a cidadania!!!

quinta-feira, agosto 18, 2011

O que nos faz ser tão diferentes?

Agora pela manhã eu estava relendo alguns posts de blog's que acompanho e me deparei com um artigo escrito pela Gisele, em seu blog, artigo este escrito em Novembro de 2010 e trata do assunto do momento (conforme proposto pelo Wellington): Imigração e preconceito entre imigrantes.

Segue:

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O que nos faz ser tao diferente(s)?by Giselle Silva

Vou falar de um assunto que me incomoda há um tempo mas que só agora me sinto a vontade de escrever.
Sabemos que residente permanente aqui no Québec nem sempre é aquele que possui nível técnico ou universitário, que teve como investir dinheiro no processo de imigraçao e em cursos de línguas no Brasil. De fato, muitos canadenses nao sabem diferenciar muito bem estes "diferentes tipos de imigrantes" e ficam surpresos quando descobrem que passamos por um processo bem seletivo, onde pagamos taxas, comprovamos conhecimento linguístico, formaçao, experiência profissional, entre outras coisas. Um perfil bem diferente da maioria dos imigrantes do Québec. Acho super válido explicar qual é o perfil dos imigrantes brasileiros que estao aqui, que fomos selecionados, passamos por um processo e blá blá blá... mas fico desconfortável quando o assunto começa a tomar o rumo da superioridade e inferioridade entre os imigrantes. Sendo mais direta, falo do preconceito do imigrante contra o próprio imigrante. Do imigrante "qualificado" que se julga melhor do que o refugiado, que faz questao de apresentar o amigo québécois, mas nao faz questao nenhuma de trocar algumas palavras e conhecer um pouquinho sobre o imigrante refugiado.
Lembrando que, o Canada é um dos países que faz parte da ACNUR (Alto Comissáriado das Nações Unidas para os Refugiados), um órgao da ONU que dá apoio e proteçao aos refugiados do mundo. Àqueles que encontram-se fora de seu país de origem por sofrerem perseguiçoes devido à religiao, raça, nacionalidade, associaçao a determinado grupo ou opiniao política, etc.
Aqui no CEGEP tem até uma turma de francisaçao do Ministério de Imigraçao só para imigrantes que nao sao alfabetizados. Isso mesmo! O Québec dá um curso de francês para estes imigrantes, que nao tiveram a oportunidade de serem alfabetizados nem em sua própria língua.
Durante os cursos de francês tive a oportunidade de conhecer alguns imigrantes na situaçao de refugiado. Um casal da Sri Lanka que chegou no Canadá há mais de 2 anos com os 4 filhos e davam duro pra aprender a língua francesa que para eles sem dúvida nenhuma é mais dificil do que pra gente que tem uma língua materna latina. Eles diziam que na Sri Lanka eram ricos, mas que quando chegaram aqui ficaram pobres porque tiveram que investir todo o dinheiro para chegar no Québec com a familia.
Estudei também com um palestino, solteiro, formado em engenharia eletrônica, trabalhava aqui numa fábrica de madrugada e estudava francês de manha. Dava duro pra conseguir passar nas provas da ordem no Québec, melhorar o francês e no futuro poder trabalhar como engenheiro. Uma pessoa tao doce e tao sensível que tinha a capacidade de me emocionar com poucas palavras. Lembro-me dele falando que nao via a família há mais de 10 anos e que independente de onde ele estivesse seria sempre visto como refugiado. A Palestina oficialmente nao é considerada um país e o fato dele ter documentos palestinos que nao sao considerados válidos, faz dele uma pessoa sem pátria para o resto do mundo. "Palestinos são a maior população de desalojados do mundo". Pois é... uma pessoa que viveu uma história tao pesada, de identidade anulada pelo resto do mundo, pode ainda transmitir tanta doçura...
Sem contar o caso de uma amiga colombiana que fugiu da Colômbia com os filhos, deixando patrimônios porque estava ameaçada de morte por guerrilheiros a mando do marido. O que me fez tomar conhecimento de como as legislaçoes na Colômbia sao fragéis ou mesmo ausentes no que diz respeito aos direitos e proteçao da mulher.
Entao, histórias que a primeira vista sao bem melodramáticas, mas que a gente conhece muito bem pelos livros, jornais e filmes. Ouvir pessoalmente de quem passou e passa ainda pela experiência, me faz mais do que nunca ter respeito e admiraçao por eles.


terça-feira, agosto 16, 2011


O meu amigo Wellington, do blog wellsuzcanada, iniciou uma discussão interessante sobre se existe ou não preconceito aqui no Quebec.

Eu escrevi tanto, que resolvi dar meu pitaco aqui no blog.

Ontem eu rascunhei qq coisa e acabei deletando, mas hoje sinto-me especialmente inspirado a falar sobre esse assunto. Visitei um cliente que, segundo ele próprio, é "francês de nascimento, canadense por opção (imigrou a 25 anos da França para o Canadá) e brasileiro por adoção". 

Nos últimos 2 anos morou no Brasil, em Salvador. Bem, até chegarmos a esse ponto da conversa, nosso diálogo variou entre o francês e o inglês, até que ele, muito polidamente me questionou quanto à minha origem. "brasileiro", respondi. E ele, espantado, gaguejou: Brasileiro? cara, vc é o primeiro preto brasileiro que eu conheço aqui no Canadá! 

Bem, mas vamos aos fatos. Dois imigrantes, um europeu-canadense, educado em Londres e um preto brasileiro, educado na periferia de São Paulo. Inevitavelmente a conversa convergiu para as questões relacionadas ao preconceito. 

Quando no Brasil, já passei por algumas situações inusitadas, de preconceito perverso, tipo: carrão hein?! é pagodeiro ou jogador? esse negão é um mala... olha onde mora. (péssimo hábito de pessoas que nivelam por baixo). 

No Brasil, preto não pode morar num bairro de classe média alta que é “mala”?; não pode ter um carro um pouco melhor, sem que não seja associado a pagodeiro ou jogador? Infeslimente, no Brasil que eu conheço não. Esteriótipos que me enojam. Cansei de chegar a alguma festa ou evento profissional e, após "descobrirem" as credenciais de merda do crioulo, uau... arrumarem mesa, ficarem com aquela bajulação hipócrita. Estou a 1 ano aqui no Canadá e diariamente visito clientes canadenses (nativos ou não) e por isso, me permito algumas conclusões: prefiro 1 milhão de vezes o preconceito quebecois. Explico: aqui, tenho notado que o cara que não gosta do preto, é o mesmo que não gosta do francês de olhos azuis, depois de engatar uma conversa com este e perceber que seu acento é de francês e não de quebeca. 

Ou seja, o indivíduo preconceituoso, não gosta é de imigrante, independentemente da cor da pele. Eu prefiro sofrer esse tipo de preconceito, do que o preconceito existente no Brasil, que na minha maneira de ver, é um preconceito social, racial e econômico. Lá, se tem status, se tem pedigree, esse mesmo grupinho esquece que você é preto e passam a te tratar com uma atenção patriarcal. Puro jogo de interesses, porque você percebe que os teus pares (a negraiada) continua não sendo aceita por esse grupo, mas você tem o tabarnuche do pedigree não é mesmo?! 

E aqui no Quebec? Bem, constantemente me questionam a minha origem, porque, segundo alegam, meu acento me entrega que não sou de país francofono (ou seja, tú é negão, mas fala com um acento diferente... então não vem do Haiti e nem da Africa. Vem de onde, afinal?). Ok... sou brasileiro! "BRASILEIIIIIIRO??? Cool!!!” Esta tem sido a reação de 10 em cada 10 pessoas quando digo que venho do Brasil. 

Curiosamente, as situações de preconceito aqui partem de imigrantes. Canso de ouvir comentários racistas contra colombianos, haitianos, árabes, indianos... e adivinhem de que grupo partem estes comentários? Ok, eu falo... é do zé povinho de um país sulamericano, cujo nome começa com B e termina com L... hahaha. 

Definitivamente, o brasileiro é povo mais preconceituoso que eu já vi. 

domingo, agosto 07, 2011

Stephen Harper est arrivé au Brésil


BRASILIA, Brésil - Les crises financières aux États-Unis et en Europe, qui ont semé l'agitation dans les marchés financiers, seront vraisemblablement au sommet des priorités de Stephen Harper, lundi, lorsqu'il rencontrera la présidente du Brésil, Dilma Rousseff.
Le premier ministre du Canada est arrivé à Brasilia, la capitale brésilienne, dimanche soir, amorçant de ce fait la première étape de son périple en Amérique du Sud et en Amérique centrale.
Les ministres des finances et dirigeants des banques centrales des membres du G7 ont tenu des rencontres d'urgence au cours du week-end, afin de discuter de leurs inquiétudes face à la dette souveraine dans la zone euro et l'historique réduction de la note de crédit des États-Unis par Standard & Poor's.
L'agence de notation a enlevé aux États-Unis, pour la première fois, vendredi, sa cote maximale AAA lui accordant plutôt la cote AA+, immédiatement dessous. Cette diminution de la note de crédit des États-Unis pourrait faire en sorte qu'il deviendra plus dispendieux d'emprunter, que ce soit pour acheter une voiture, contracter une hypothèque ou se procurer des obligations d'État.
Au moment où les leaders du G7 s'exprimaient, leurs collègues du G20 cherchaient des solutions pour calmer les marchés financiers, en pleine ébullition.
Agités et inquiets, plusieurs investisseurs se sont débarrassés de leurs actions jeudi, lors de la plus forte liquidation d'actifs, sur une seule journée, depuis la crise financière de la fin de 2008.
Les craintes des investisseurs ne se limitaient pas à la situation aux États-Unis. Des milliards de dollars sont disparus des marchés boursiers la semaine dernière alors que les observateurs craignaient de plus en plus que l'Italie et l'Espagne ne se retrouvent en situation de défaut face à leurs lourdes dettes. Les conséquences d'un tel scénario pourraient être dramatiques, compte tenu de la taille de ces deux économies.
Les marchés au Moyen-Orient, ouverts du dimanche au jeudi, ont connu une chute radicale lors de la première journée d'activités suivant la décision de Standard & Poor's. Les investisseurs attendaient impatiemment l'ouverture des marchés asiatiques pour voir si la tendance serait la même.
C'est confronté à un tel portrait de la situation que M. Harper et Mme Rousseff doivent dialoguer au palais Planalta, à Brasilia.
Le gouvernement conservateur est désireux d'effectuer une incursion au Brésil, septième puissance économique au monde mais destinée à grimper au cinquième échelon d'ici quelques années.
Le Canada est à la recherche de nouveaux marchés d'exportation puisque les États-Unis, son plus important partenaire économique, ont encore de la difficulté à faire le ménage de leurs finances internes.
Quelque 400 entreprises canadiennes opèrent déjà au Brésil, le 10e plus important partenaire commercial du Canada. Les exportations canadiennes au Brésil ont totalisé 2,6 milliards $ en 2010 — une hausse de 60 pour cent par rapport à l'année précédente — tandis que les importations se sont élevées à 3,3 milliards $.
Depuis l'entrée en scène des conservateurs au pouvoir, le gouvernement du Canada a cherché à conclure des ententes de libre-échange bilatérales avec plusieurs nations, tout en accordant une importance particulière aux pays de l'Amérique latine et des Caraïbes.
Il y a trois ans, le Canada a conclu un pacte de libre-échange avec la Colombie, où M. Harper s'arrêtera mercredi. L'entente entrera en vigueur la semaine prochaine.
L'ancien gouvernement libéral de Jean Chrétien a paraphé un accord semblable avec le Costa Rica, où se rendra M. Harper jeudi. L'entente avec le Costa Rica est en force depuis 2002.
Des responsables du Canada et du Honduras — autre étape du voyage du premier ministre canadien, vendredi — se sont rencontrés deux fois depuis le mois de décembre. Les pourparlers avec le «Groupe des quatre de l’Amérique centrale», soit le Honduras, El Salvador, le Guatemala et le Nicaragua, ont été lancés il y a environ dix ans.
Le Canada semble plus près d'en arriver avec une entente avec le Honduras qu'avec ces autres pays. Toutefois, M. Harper ne prévoit pas annoncer la conclusion d'un accord avec le Honduras lors de ce périple.
Par ailleurs, une entente avec le Brésil est plus compliquée. Le Brésil doit obtenir l'accord de trois autres membres d'une entité économique surnommée Mercosur, soit l'Argentine, le Paraguay et l'Uruguay, avant d'accepter un tel partenariat.
Afin de démontrer toute l'importance qu'il accorde à ce périple de deux jours à Brasilia et à Sao Paulo, et aux relations entre le Canada et le Brésil, M. Harper est accompagné des ministres John Baird, Rona Ambrose, Diane Ablonczy et Ed Fast.

quinta-feira, julho 07, 2011

Pausa para reflexão

Completei 11 meses de Canadá já... o tempo voa! Tenho a impressão de estar aqui a muito mais tempo...

E nesse período de mudanças, adaptações e etc., muitas coisas tem acontecido.

Coisas muito boas, coisas "não boas"... Essas coisas "não boas" podem ser um preludio do que está por vir. Então, faço aqui uma pequena pausa para reflexão.

Volto em breve para falar sobre um assunto que pode ter um reflexo no sucesso (ou insucesso) da vida imigrante.

Faço minhas as palavras de Bob Marley: "Os dias maus são necessários, para os dias bons valerem a pena".

Até já, já!!!

sexta-feira, junho 17, 2011

Essa eu não poderia deixar passar!!!

Moramos na francofona Gatineau, última cidade da provincia do Quebec. 
Cidade de aproximadamente 250 mil habitantes. Vizinhos da capital canadense, Ottawa. Mais de 1 milhão de habitantes.

Ou seja, somos engolidos pelo inglês.

Uma pessoa (que eu não vou falar quem é) resolveu ir bater perna lá pelas bandas de Ottawa, para desbravar o lado inglês, já que após concluir a francisação, começou o curso intensivo de inglês. 

Bateu a fome e lá está o M grandão.

- Hi... tchu nambers uam... éééé... éééé... tchu couques!
- Do you want to here or to go? - questiona a atendente.
- Hããã?
- Do you want to here or to go? - de novo, a atendente questiona.
- Hããã? 

Antes da atendende questionar pela 3ª vez, a pessoa faz cara de quem entendeu tudo e dispara:
- Yes... Brasil... Português!!! (voz de contente por achar que compreendeu tudo).
- Whaaat? (uatafoki?) - (essa foi a atendente com a maior cara de espanto) - Brazil? Hum... ok, ok! - continuou, abaixando a cabeça para não cair na risada, afinal a resposta da pessoa não tinha absolutamente nada a ver com o que ela tinha perguntado.

Em seguida a pessoa, devidamente acomodada na sua cadeirinha do Mc, caiu numa crise de risos.

Sua acompanhante quis saber qual o motivo da piada, pra rir também.

- Eu tinha certeza de que ela estava me perguntando de onde eu vim - respondeu gargalhando num misto de vergonha e espanto - e só agora a fixa caiu! Ela tava me perguntando se ela pra levar ou se era pra comer aqui!!!

Pois é... pessoal... até que o dominio da lingua chegue, a gente vai convivendo com esses micos.

quinta-feira, junho 09, 2011

Guia completo de imigração de brasileiros para o Canadá II


Guia completo de imigração de brasileiros para o Canadá

09/06/2011
Fique por dentro das oportunidades de emprego no País e saiba como conseguir a imigração


(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)


Universia Brasil - maior rede iberoamericana de integração universitária presente em 23 países - preparou um guia completo sobre o processo de imigração de brasileiros interessados em embarcar para oQuébec, a maior província canadense.

Neste especial, além da oportunidade de conhecer o destino a partir de uma galeria de fotos, é possível ficar por dentro das oportunidades de trabalho no território quebequense e conhecer todos os processos burocráticos que vão lhe garantir o livre acesso ao Canadá.    

Clique nos links abaixo e leia 11 matérias especiais com tudo que você precisa para preparar as malas e partir para o Québec, que está aberto a imigração brasileira  

Guia completo de imigração de brasileiros para o Canadá

by Universia Brasil 


Há oportunidades em todas as áreas do conhecimento com salários de até US$ 130 mil por ano. Saiba como participar! 

(Crédito: Divulgação)
(Crédito: Divulgação)

Que tal trabalhar no Québec? Não como barman tampouco como baby-sitter. A província canadense oferece oportunidades de emprego formal nas mais diversas áreas do conhecimento para jovens estrangeiros, inclusive brasileiros, com formação superior - graduação ou tecnólogo. A previsão é que sejam abertas 313 mil vagas até 2017com salários de até US$ 130 mil por ano



As opções para profissionais estrangeiros são viabilizadas pelo Programa de Imigração do Québec, uma iniciativa do governo quebequense para atrair mão-de-obra qualificada. "Solução encontrada para resolver o problema demográfico da província, que possui apenas cinco habitantes por km²", explica a diretora de Imigração do Escritório de Quebec, Soraia Tandel, que também cita a baixa taxa de natalidade (1,3%) como empecílho para expansão natural de Québec.

Ainda que haja vagas nas formações de A Z (Administração à Zoologia), Soraia enfatiza a existência de áreas consideradas prioritárias, tais como EnfermagemEstatística e Química. "Candidatos formados nessas áreas terão maior vantagem no processo de imigração", diz ela. Há ainda algumas profissões consideradas semiprioritárias: Administração, Contabilidade, Tecnologia da Informação, Engenharia (Civil e Ambiental), Nutricionista e Assistente Social.

Segundo dados do governo quebequense, o ganho anual médio de um trabalhador na província é deUS$ 25 mil para uma jornada de aproximadamente 40 horas semanais. O salário é ainda maior para os administradores e assistentes sociais (US$ 47 mil ao ano), bem como para os profissionais da área de exatas (US$ 80 mil ao ano) e da área de saúde (US$ 130 mil ao ano). Além da remuneração, os profissionais têm direito à assistência previdenciária e licença maternidade de um ano.

Embora os pré-requisitos variem de acordo com as vagas, os candidatos interessados, em geral, devem ter conhecimentos em francês e experiência profissional. Para as áreas controladas por conselhos profissionais será exigido também o cadastro no órgão. "Não é recomendado a imigração de dentistas e médicos, isso porque o nível de exigência para integrar ao conselho dessas áreas pode demorar muitos anos", alerta Soraia.

O primeiro passo, no entanto, é ser aprovado no processo de imigração do Québec. Com o Visto de Residente Permanente os brasileiros terão os mesmos direitos dos cidadãos canadenses, exceto o de participar da vida política e de ter passaporte canadense. Mas, após três anos vivendo no País, é possível requisitar a cidadania canadense.  

Vale lembrar que o Escritório de Imigração do Québec não oferece emprego. É responsável pelaorientação dos candidatos interessados em trabalhar na província canadense e fazer a seleção do processo de imigração. Portanto, a responsabilidade de ir à busca das vagas é do próprio candidato. Soraia sugere inclusive que as buscas sejam iniciadas ainda no Brasil. "Avalie os pré-requisitos das vagas de interesse e veja se o seu perfil está ou não adequado a elas. Caso não esteja, aproveite o tempo dos processos burocráticos para buscar as competências/habilidades necessárias", orienta a diretora.

O imigrante recém-chegado no Québec recebe do governo apoio na busca de emprego, com a participação em oficinas gratuitas sobre a província e o mercado de trabalho. "Também recebem orientações para a colocação profissional, indicações de vagas e a adaptação do currículo nos moldes quebequense", garante Soraia. Aqueles que acharem necessário continuar o aperfeiçoamento do francês têm ainda a possibilidade de frequentar gratuitamente um curso do idioma com até 1.000 horas.
Os profissionais, segundo a diretora, demoram em média três meses para conseguir uma colocação no Québec. "Esse tempo, no entanto, depende do nível de exigência da profissão, da área de formação, do nível de conhecimento do francês e do dinamismo do candidato", relata Soraia.    

quarta-feira, junho 08, 2011

Preguiça

Ando meio sumido... tenho tantas novidades, mas esse calorão tras consigo uma preguiça absurda... chego em casa e só quero saber de sombra e água freca... mas... ça va venir... ça va venir!

sábado, maio 28, 2011

Desafios e Oportunidades

Já faz algumas semanas que não escrevo por aqui. Eu me permito e valorizo o momento do ócio criativo. 


Completamos 9 meses de Canadá e muitas coisas interessantes tem nos acontecido. Aliás, volto numa outra oportunidade para fazer um balanço desses 9 meses.


Hoje sinto-me inspirado para falar sobre os desafios da imigração e as oportunidades (limitados à minha humilde avaliação).


A imigração nos reserva diversos desafios: integração, empregabilidade, superação (ou controle) da saudade dos amigos, adaptação, encontrar casa, carro, escola, cidade, etc. Tenho um colega de trabalho, cujas palavras resumem brilhantemente tudo isso: "negraum, tô aqui no Canadá a três anos e  tudo o que podia dar errada no meu planejamento (grifo meu) não deu; tudo o que podia dar certo, felizmente deu. Nesse bate papo, concluimos que o fato dele ter encontrado trabalho 5 meses depois de sua chegada, foi crucial para o desenrolar de todo o seu planejamento. 


Embora a palavra planejamento esteja presente no vocabulário de 5 em cada 5 brasileiros "bem sucedidos que converso por aqui, eu não me arrisco... porque no meu planejamento, NADA saiu como eu tinha planejado; aconteceu tudo ao contrário, mas muito positivamente (falo disso outra hora também).


Sentei-me então para estabelecer novas metas e novos desafios e agora estou debruçado sobre um projeto que envolve diferentes pessoas, de tradições, nacionalidades, experiências completamente diferentes. 


Então eu estou começando a concluir que tudo o que nos propomos a fazer, com ou sem dificuldades, somos capazes de realizar. E hoje estou inspirado, porque estou convencido de que o poder de realização, de esforço e perseverança é o combustível que preciso para não perder o foco.


O Canadá realmente é um país de oportunidades para todos os níveis de sonhos, sejam de natureza material, espiritual, familiar.. não importa qual. Mas não acredite que as coisas vão acontecer de maneira fácil. Busque seu espaço, cave sua oportunidade, faça amigos, pergunte, seja visto (afinal, quem não é visto, não é lembrado).


Saia da zona de conforto, arrisque-se... 


Tenha um grande projeto, nem que seja grande para você mesmo, tenha foco e não desista.


Caraca, tô todo filosófico hoje... tá na hora de levantar a poupança do sofá e ir atender meus clientes de hoje... até a próxima.


Drinho.